TMI: Cidade de Vidro — Cassandra Clare

Eu sei que estou atrasada com essa postagem. Dez dias, para ser mais especifica. Mas acabei adiando fazer a resenha para digerir o livro, p...

Eu sei que estou atrasada com essa postagem. Dez dias, para ser mais especifica. Mas acabei adiando fazer a resenha para digerir o livro, por assim dizer. Mas acabei que ontem peguei o “Cidade dos Anjos Caídos” para “dar uma olhada” e quando dei por mim já tinha terminado a primeira parte do livro em um misero dia. Então, antes que me acumulem duas resenhas a serem feitas, aqui estou.
Antes de qualquer coisa quero avisar que dessa vez não vai dar pra deixar alguns Spoiler de lado. Preciso falar coisas sobre pontos da história que, pra quem não gosta de saber antes, é melhor ler o livro primeiro e depois ver a resenha. Bem, fiquem avisados.


Título Original:  The Mortal Instruments: City of Glass
Páginas: 474 páginas 
Editora: Galera Record

Sinopse: Para salvar a vida de sua mãe, Clary deve viajar até a Cidade de Vidro, lar ancestral dos Caçadores de Sombras — podemos pular a regra de que diz que entrar em Alicante sem permissão é contra a lei e ir contra a lei pode significar a morte? E também que chegar lá, criando um Portal sozinha, só mostra o quanto os poderes de Clary são sofisticados e como isso é perigoso? Para complicar ainda mais, quando chega à cidade, ela logo descobre que Jace não a quer por perto (o que não se aplica a outras meninas...) e Simon, que nem queria estar ali, está sendo investigado por ser um vampiro que pode suportar a luz do sol.
Nem o fora de Jace nem estar quebrando as regras irão afastar Clary de seu objetivo: encontrar Ragnor Fell, o feiticeiro que pode ajudá-la a curar a mãe. Para localizar o bruxo, Clary contará com um misterioso aliado, Sebastian, um Caçador de Sombras (quase) irresistível. À medida que se aproxima de respostas, Clary conhece mais sobre seu passado — e consequentemente sobre o passado de seu irmão...
A Clave está reunida. Todos sabem que Valentim, fortalecido como nunca, está convocando um exército para exterminar os Caçadores de Sombras e conseguir os Instrumentos Mortais. Aparentemente, a única chance de sobrevivência é unir forças: Caçadores e integrantes do Submundo. É possível esquecer as diferenças e o preconceito de séculos para lutar lado a lado? E Clary, dividida pelo que sente por Jace, conseguirá se armar de seus novos poderes para salvar a Cidade de Vidro — custe o que custar? Jace já se decidiu: vai arriscar tudo por ela.
Enfim, Cidade de Vidro tem um que de encerramento, já que pelo que andei vendo originalmente a saga era uma trilogia. Então ela dá um final relativamente bom para os personagens, sem deixar praticamente nenhuma duvida, embora o capitulo final deixe alguma coisas no ar, que estão sendo abordadas agora nessa “segunda fase” de TIM.
O livro em si é o maior, e por ironia o que li mais rápido até então. Já na capa trás um dos pontos chaves. Ao ver o que parecia um caçador de cabelos escuros eu logo pensei que fosse o Alec, mas não. Trata-se de Sebastian. O qual minha primeira impressão dele foi “Eu sei que vou quebrar a cara, mas eu gostei dele. Lembra-me o Sebby” Só tenho algo a dizer, maldita boca!

Ele aparece com aquele ar misterioso fazendo todo mundo gostar dele, exceto Jace claro.  A pior parte e que lá no fundo você percebe que tem algo errado, mas nem por isso, ao menos no meu caso, fica menos surpresa quando as suspeitas se provam verdadeiras. No meio do livro já da pra você adivinhar, ou ao menos desconfiar quem e o que ele é de verdade. — Ao passo que te deixa cada vez mais irritada pela demora dos principais a caírem à ficha, mas a lerdeza é outro ponto a ser discutido. Uma coisa que me chamou atenção, e que talvez seja respondida nesse livro é a cena em que o Jace atinge o Sebastian pela ultima vez, ele vê algo em Jace, e fiquei me perguntando se o protagonista estaria novamente brilhando, numa passagem anterior que Simon vê um “brilho angelical” em torno dele.
Falando no Simon, ele está bem menos “zero a esquerda” nesse livro, o que me surpreendeu. Não é segredo que até esse terceiro volume da série eu não ia com a cara do ser. Mas acho que dessa vez ele realmente mostrou-me seu lugar e importância na história. O que é um mérito. Além do mais ele é útil no decorrer da trama, bem mais que nos livros anteriores. Gosto da versão vampira do nerd.
Sobre Clary, ela tem altos e baixos no livro. Ainda me irrita, e tem uma lerdeza descomunal pra se tocar que não pode confiar no Sebastian, e já começa o livro fazendo burrada. Sério eu queria bater nela quando fez o portal e foi parar em Idris achando que nada de errado ia acontecer. Meu Deus como pode ser tão tapada assim? Porém, felizmente, ela melhorar também. Parece mais forte e tem uma determinação que não da para menosprezar. E seus poderem também são bem trabalhados e percebidos no livro.
Bom, com essa “excursão” da garota a Alicante passamos a conhecer um pouco mais da vida dos caçadores de sombra, sendo reveladas mais coisas, principalmente da Clave. O Foco narrativo também é mais voltado para o geral e não só nos protagonista o que ajuda muito a apreender sobre o mundo de TMI em um âmbito melhor.
Outra coisa que fica mais bem entendido no livro é as ultima ações da Inquisidora antes de sua morte. A forma como agiu ao ver a cicatriz de Jace e porque parecia feliz ao morrer. Também pudera acabou salvando alguém que era mais importante para ela do que podia imaginar. O que de certa forma me deu pena, morrer assim que descobre a verdade foi lastimável para ela.
Falando, em sentir pena. Não houve cena que tenha me feito ficar com mais dó do que a do Anjo na casa do Valentim. Aquela passagem realmente me fez sentir um peso no coração e chorar. Se já existia sentimentos de repulsa em relação a Valentim, a partir dali isso se triplicou. Para dizer o mínimo. Não me é concebível aquela tortura, nada explica.  E no fim, quando o anjo consegue o que finalmente desejou por anos  a manteiga derretida chorou mais ainda. Acho que foi a cena mais comovente até agora, mesmo considerando as cenas do Jace e da Clary no final.
E continuando sobre coisas que me fizeram ficar indignada, a perda que mais senti — e provavelmente o que me fez precisar de tempo para pegar outro livro ou fazer a resenha — foi a morte do Max. Sério, eu queria esquartejar o maldito do Sebastian quando falaram que o Lightwood mais novo tinha morrido, e mais ainda quando o mal caráter confessou com um prazer psicopata que o tinha matado. Caramba, eu estava louca pra ver como ele seria mais velho e... *suspiro cansado* sei lá, senti essa morte mais que as outras. Eu gostava, ainda gosto do Max.
Uma morte que me surpreendeu de sentir pena foi a do Hodge, no final. Ele realmente parecia querer fazer o possível para deter o maluco do Valentim. O que foi só mais uma gota de raiva no lago de ressentimentos que tenho dos antagonistas.
Uma coisa sobre Valentim, se nos livros anteriores as referencias de comparações entre ele e Hitler tinha sido sutis antes, nesse livro elas gritaram. A diferença é que um ferrou com os Judeus e o outro usava demônios e os próprios filhos. Ainda assim, psicóticamente brilhantes.
Nesse livro a Mãe da Clary finalmente desperta, me rende uma das cenas de surto súbito inesperadas. Eu realmente não esperava que a ruivinha fosse dar um ataque daqueles quando visse a Jocelyn. Foi bizarro, mas compreensível. Contudo a melhor cena das duas ficou para o fim do livro em que a Clary ameaça a mãe se não for atrás do Luke.
Falando nele, o Licantrope teve um papel foda nesse livro, Luke tem o dom da diplomacia e isso é um fato. Clary tem seu mérito pelo novo símbolo, mas grande parte do fato de Caçadores de Sombras e membros do Submundo poderem lutar lado a lado é mérito dele. Principalmente tratando-se de deixar a Clave mais democrática.
Agora me deixe dar chiliques por uma coisa: Magnus X Alec! Sério, esses dois tão me fazendo virar shipper dos yayoi da vida e isso não é normal. Ataques de fofura na cena do Salão dos Acordos não foram poucos, mas eu realmente não esperava a forma com que o Alec fosse sair do armário! Enfim no geral, achei que o Alec estava meio alway no começo do livro, mas depois ele pareceu se achar novamente, e como heim? Quanto ao Magnus, não sei se é porque ele é o único feiticeiro que aparece, mas caramba quanto poder esse ser tem? E aparentemente a biblioteca de grimorios dele só fica mais bem abastecida.
Acho que não falei do Jace ainda. Enfim, no inicio do livro eu realmente não sabia se ficava irritada com ele não deixar a Clary ir pra Alicante ou não, mas vamos combinar que também fiquem bem puta come ele na primeira vez que a Clary viu ele lá. Mesmo que entenda o que ele estava tentando fazer, ainda me irrita. Contudo  ele ainda é meu segundo personagem favorito e ficar irritada com protagonistas faz parte da leitura de qualquer livro. E se comover também. A busca dele por entender quem era e as constantes guinadas no meio do caminho, principalmente depois de sua conclusão após ter o passado mostrado em partes pelo anjo me deixava entre querer arrancar meus próprios cabelos e vontade de consolá-lo — ou bater nele por chegar a conclusão errada, mas tá — o que seria da trama sem algumas curvas e empecilhos não é?
Falando nessa cena em especial, Jace e Clary, mas como demoraram a se pegar heim? Tá que entendo o lado da autora de não começar nenhum amaço mais animado por causa da “ligação” dos dois. Mas, caramba, ainda achei que demoraram mais do que eu previa, personagens controlados esses /apanha. Pelo menos a cena me rendeu uma boa inspiração pra terminar uma oneshoot XD
E por ultimo mas não menos importante, temo Izzy. Nesse livro Cassandra meio que explora um lado diferente dela. Afinal não da pra ser uma pessoa centrada e completamente contida quando se perde um irmão. No entanto ela mostra uma vulnerabilidade forte, divergente? Eu explico. Mesmo com toda perda e culpa ela ainda é capas de ser Isabelle, a Caçadora de Sombras letal e corajosa, a ponto de ser um empecilho chave entre Sebastian e sua luta com Jace. Se não fosse ela naquele ponto acho que o final seria diferente. Além disso, Simon numa de suas conversas com Alec ressalta uma teoria bem aceitável sobre os namoros não aprovados da garota, o que só me faz gostar ainda mais dela.

Acho que falei de tudo que lembro, e ao mesmo tempo provavelmente não falei de nada. Já que tentei deixar o menor numero de spoiler possíveis, tenho uma linha de pensamento meio confusa e o livro é grande. Whatever, minha opinião final do livro é que ele seria realmente um bom encerramento para a história, e mesmo gostado do fato da saga não ter acabado fico temerosa de que os outros “estraguem” o que foi bem construído até aqui. Bem é isso, encerro por aqui.

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