Título Original: The Mortal Instruments: City of Fallen AngelsPáginas: 361 páginasEditora: Galera Record
Sinopse: Os últimos meses não foram fáceis para Clary. Demônios, um ex-caçador de sombras com jeito de supervilão — detalhe: seu pai —, um triângulo amoroso com o melhor amigo (a quem pode inadvertidamente ter ajudado a transformar em vampiro) e um conflito entre dimensões. Mas agora a guerra chegou ao fim, e ela voltou a Nova York para aperfeiçoar seus poderes e assistir ao casamento da mãe.O melhor: finalmente pode chamar Jace de seu. Sem fantasmas ou dúvidas. O paraíso? Nem tanto. Apesar do sangue Nephilim que corre em suas veias as coisas não estão assim tão angelicais. Alguém está matando Caçadores de Sombras, e a tensão entre os habitantes do Submundo atinge níveis alarmantes. Uma segunda guerra parece cada vez mais provável.E Clary não pode contar com Simon. Sua habilidade vampiresca singular — conseguir andar sob o sol — faz com que seja o aliado perfeito para os dois lados; e ele vai precisar se decidir logo... O Submundo não é conhecido pela paciência.Mas o que preocupa Clary, na verdade, é que Jace resolve se afastar sem maiores explicações. O que a faz mergulhar num mistério cuja solução pode se revelar seu maior pesadelo: ela mesma provocar a terrível cadeia de eventos capaz de lhe roubar tudo que ama. Inclusive Jace.
Por mais cheios de acontecimentos que foram os livros
anteriores eu ainda não havia me sentido tão bombardeada de informação quanto
em CFA, nem mesmo no terceiro livro que foi o maior. Nesse volume tudo acontece
e acontece ao mesmo tempo. Se no
anterior a narração já possuía uma certa distancia dos dois protagonistas nesse
foi definitivamente dividido em vários focos. Sendo que a narração com o ponto
de vista do Simon foi a maior explorada.
O vampiro finalmente parece ter percebendo a importância de seus
poderes diurnos e do peso da marca que carrega. Essa enfim aparece em ação no
livro e é impressionante. Fico imaginando os efeitos que podem ser usados,
principalmente para na ultima vez que a Marca de Caim é “acionada”, e acredito
que ficará incrível.
E se minha birra do Diurno havia diminuído muito no livro
anterior acho que nesse livro eu passei de vez a gostar do Lewis. E
aparentemente não fui a única a ter mais apresso por ele, embora essa não seja
a melhor colocação para o fato de que várias pessoas estão atrás dele nesse
livro. O valor de tê-lo entre seus partidários (por falta de uma palavra
melhor) foi realmente fincado na trama.
Logo de inicio uma nova personagem é apresentada. Camillie, a antiga Mestre do
clã de vampiros de Manhatam e que tem interesse em ter Simon a seu lado. E ao
que parece não somente ela. Por sua vez acho que só a Clave não tem notado
realmente a importância de tê-lo ao lado dos caçadores da sombra. Mas isso engloba
uma teoria minha pra futuros desastres.
De qualquer forma não é somente o lado estratégico de que
partido Simon vai tomar que tem uma maior ênfase na trama. No primeiro capítulo
do livro descobrimos que o antes atrapalhado nerd agora está namorando, e não
só uma mas duas das personagens. Isabelle e Maia. O que naturalmente todo mundo
sabe que não vai dar certo, mas um pouco de intriga amorosa é sempre divertido,
principalmente quando envolve duas garotas de gênero forte.
Porém o que mais achei interessante nisso foi o pós-descoberta
e a forma com que as duas lidam com isso entre sí. As cenas ficaram engraçadas,
e talvez pudesse ter sido mais estendidas para quebrar um pouco do clima de
tensão o qual fica pairando durante todo
o livro.
Clary e Jace por sua
vez estão passando um mal momento, eles ficam mais afastados durante o decorrer
da histórias. Jace passa a maior parte da trama escondendo seus “pesadelos” de
Clary e isso acaba magoando não só a garota, mas ele mesmo que infelizmente
perde parte de sua essência sarcástica e aquele humor que você não sabe se ama
ou se odeia. Numa comparação muito ruim, a perda de personalidade lembrou um
pouco os momentos de amanhecer em que o Edward se culpa pela gravides da Bella,
se tornando uma sombra da “presença” que possuem. Mas é claro que o casal tem suas
recaídas afinal como muito bem colocou a melhor personagem feminina da
história: “De que adianta desperdiçar uma
parede de tijolos perfeitamente adequada quando se tem alguém para jogar nela”.
Izzy me arrancou umas boas rizadas com isso.
Outro casal que tem seus altos e baixos na trama e que me
arrancou muito surto foi... Magnus e Alec. Obvio. Estou virando hard shipper
desses dois, não dá pra lidar! O caçador da sombra acaba tendo uma crise de melancólica
e ciúmes (a ultima rendendo algumas frases muito legais e mostrando que
Alexander pode ser afetado) e o estopim disso tudo acontece após o retorno
forçado de suas férias românticas. Já que uma ex-namorada do Feiticeiro que foi
presa exige falar somente na presença dele. Ao passar por tudo isso, no final
do livro eles acabam tendo cenas que me arrancam ataques e surtos que só os
dois conseguem. /fangirl.
Jocelyn e Luke estão se casando, mas mesmo a festa
organizada pela alcateia fica em segundo plano devido aos outros acontecimentos.
Há passagens relacionadas aos preparativos, todavia acaba que a “trivialidade” da
cerimonia não é tão abordada na trama e os dois são deixados em um segundo
plano.
Na parte antagônica da história, durante a maior parte do
tempo ficamos meio que “no escuro” sem saber realmente contra o que os
caçadores estão lutando. As pistas não foram tão claras como em outras vezes e,
para não estragar a surpresa, só digo que conhecemos um pouco mais sobre um dos
personagens apresentados pelo anjo Ithuriel no livro anterior. E, só para
constar eu ainda estou impressionada com a “memória para coisas chatas” do
Alec.
O final do livro, assim como o primeiro da trama, me fez
agradecer por já ter o próximo volume. Porque chega a ser maldosa a forma com
que Cassandra encerra a história, sem qualquer garantia do que possa vir pela
frente.
Minha nota para o livro em relação aos outros seria 4. O
livro é muito bom, porém, o fato de terem-no bombardeado com informações demais
para digerir deixou a trama corrida se compará-los ao ritmo dos anteriores.
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