Resenha: Um Cappuccino Vermelho - Joel G. Gomes

Autor:  Joel G. Gomes Título Original:   Um Cappuccino Vermelho Páginas:  270 Páginas Editora:  Smashwords (Portugal) As ...



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Autor: Joel G. Gomes
Título Original:  Um Cappuccino Vermelho
Páginas: 270 Páginas
Editora: Smashwords (Portugal)

As pessoas que conhecem Ricardo Neves dividem-se em dois grupos: os que o conhecem como autor de policiais e os que o conhecem como assassino profissional.
Ricardo sempre cuidou para que estas duas facetas da sua vida não misturassem. Tudo se complica quando recebe uma lista de alvos demasiado próximos do seu mundo de escritor. A colisão torna-se inevitável e Ricardo não tem como a impedir.
João Martins é um escritor com prazos para cumprir e sem ideias para desenvolver. Até que tem a ideia de escrever sobre um escritor que é também assassino profissional.
A surpresa acontece quando pessoas à sua volta começam a morrer tal e qual ele descreve no seu livro. A dúvida surge de imediato: estarão as mortes a acontecer porque ele as escreve ou será ele um mero narrador de eventos predestinados a acontecer?


Não me lembro muito bem porque baixei o livro, provavelmente pela capa e título instigantes. Estava procurando algo novo para ler e resolvi abrir o arquivo para dar uma “olhada” e só consegui desgrudar do arquivo pouco mais de um par de horas depois quando me surpreendi por um “FIM”. Só ai que me dei conta de que tinha lido um pouco mais do que eu esperava. Para dizer o mínimo.
A obra Portuguesa (PT-PT) “Um Cappuccino Vermelho”, é uma ótima experiência para quem gosta suspense, e ao mesmo tempo o livro trás um frescor em sua narração. O foco dualístico entre os dois protagonistas Ricardo, um assassino-escritor-apreciador de café, e, João, também escritor com sérios problemas de bloqueios criativos, se entrelaça de forma a criar uma estrutura interessante para o livro e ao mesmo tempo tem a função de confundir – de uma maneira totalmente benéfica – o leitor. Em vários momentos você se questiona se o que está lendo é realidade ou ficção, a vida de um ou do outro.

O impasse do livro acontece quando João constata que a história de  seu novo manuscrito está virando realidade. Como já era de se esperar ele entra em negação de inicio e se vê assombrado pelas coincidências. Porém além da culpa que logo lhe assola existe também uma curiosidade/necessidade de continuar com sua trama. Em contra partida, somos apresentados para à Ricardo, o executor das mortes que através de uma das vítimas, a qual é ponto importante da trama, se vê tendo problemas em terminar o trabalho apresentado por seu mentor, ao passo que também acaba driblando seu bloqueio e começando uma nova história.
 A forma com que pequenas pistas vão sendo dadas só te faz com que o leitor queira virar páginas e mais páginas ao passo que sua mente enche-se de palpites. Não demorei a me pegar analisando as ações de Ricardo e João, observando os possíveis pontos com semelhança e disparidades, ou buscando através da memória literária/cinematográfica alguma dica do que poderia acontecer. (Fãs de Depp talvez achem alguma semelhança com um filme em que o ator faz um escritor, A Janela Secreta). Mesmo com prováveis deduções durante a narrativa ao fim o autor lhe surpreende  e deixa animado com a forma com que ele manipula a estória.
E se você for alguém habituado a prática da escrita ainda vai ver-se identificado com pequenas passagens sobre bloqueios ou divagações sobre o tema, feitas principalmente no início de cada “ponto de vista” dos personagens principais.
Outro bônus vai para quem curte café, apesar de a obra não se aprofundar nos conhecimentos sobre os processos de produção ou coisas do gênero em relação à bebida – o que, diga-se de passagem, poderia ser um equivoco e tornar a história maçante –   durante a trama nos são apresentadas algumas menções ao café que no mínimo vão fazer os aficionados pelas diversas formas de se bebê-lo ficarem com vontade e sair em busca de alguns bons goles. E aqui me incluo dentre essas pessoas.
Enfim, a obra é intrigante e complexa em sua simplicidade, e consegue até mesmo fazer com que você torça para o assassino em certos pontos e permanece até o fim com sua área oscilante entre realidade e ficção em seu próprio mundo.

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2 comentários

  1. Bom dia. Há muito que queria enviar uma mensagem a agradecer a tua resenha ao meu primeiro livro, "Um Cappuccino Vermelho". Aqui vai: Muito Obrigado.

    E aqui fica o convite para leres a continuação, intitulada "A Imagem": https://www.smashwords.com/books/view/490073

    Há cupões de desconto de 75% DE39S e de 50% LF98U, mas para ti vou fazer um especial de 100%. Assim que me contactares, eu digo-te qual é.

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    1. Oh, não foi nada, apenas externei minha opinião sobre o livro.
      Procurarei pela continuação assim que for possível tirar um tempo para ler ^^

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