Resenha: As Peças Infernais: Princesa Mecânica

Foto por:  Iris Isabelle Autora: Cassandra Clare Título Original:   The Infernal Devices - Clockwork Princess Páginas: 430 Págin...

Foto por: Iris Isabelle
Autora: Cassandra Clare
Título Original:  The Infernal Devices - Clockwork Princess
Páginas: 430 Páginas
Editora: Galera Record


Sinopse: Tessa Gray deveria estar feliz; não são todas as noivas felizes? No entanto, enquanto ela se prepara para seu casamento com Jem Carstairs, uma rede de sombras começa a se apertar em torno dos Caçadores de Sombras do Instituto de Londres. Um novo demônio aparece, um ligado por sangue e mistério ao Magister, o homem que planeja usar o seu exército de autômatos impiedosos, As Peças Infernais, para destruir os Caçadores de Sombras. Ele precisa de apenas um último item para completar seu plano de destruição.
Ele precisa de Tessa.
Tessa sabe Axel Mortmain, o Magistrado, está vindo atrás ela, mas não onde ou quando ele vai atacar. Charlotte Branwell, a guardiã do Instituto de Londres, está desesperada para encontrar Mortmain primeiro. E os rapazes que reclamam igualmente o coração de Tessa, Jem e Will, farão de tudo para salvá-la. Pois embora Tessa e Jem estão noivos agora, e Will sabendo que deveria se forçar a encontrar alguém para se importar, ele está tão apaixonado por ela como sempre.
As últimas palavras de um Caçador de Sombras moribundo contêm a pista que pode levar Tessa e seus amigos à Mortmain. Mas os Caçadores de Sombras do Instituto de Londres não podem lutar sozinhos, e em sua terra natal Idris, o corpo dirigente da Clave dúvida Clave de suas alegações de que Mortmain está chegando. Abandonados por aqueles que deveriam ser seus aliados e com os seus inimigos se aproximando, os Caçadores de Sombras se encontram presos quando Mortmain rouba o medicamento que é tudo o que está mantendo Jem vivo. Com seu melhor amigo às portas da morte, depende de Will arriscar tudo para salvar a mulher que ambos amam.
Para ganhar tempo para Will, o bruxo Magnus Bane junta-se com Henry Branwell para criar um dispositivo que poderia ajudá-los a derrotar o Magister. Como aqueles que amam Tessa trabalham para salvá-la, e para o futuro dos Caçadores de Sombras que reside com ela, Tessa percebe que a única pessoa que pode salvá-la é ela mesma; para descobrir sua própria natureza, Tessa começa a aprender que ela é mais poderosa do que jamais sonhou ser possível. Mas pode uma única menina, mesmo aquela que pode comandar o poder dos anjos, enfrentar um exército inteiro?
Perigo e traição, segredos e magia, e os fios emaranhados de amor e perda se entrelaçam enquanto os Caçadores de Sombras são empurrados para a beira da destruição na conclusão de tirar o fôlego para a trilogia As Peças Infernais.

O mais emocionante, ever.

De todos os livros da Cassandra Clare que já li até agora não consigo pensar em outro melhor que CP2, mesmo que no decorrer tenha passado um bocado de raiva, o que faz parte e só mostra que me fez importar muito com os personagens. Além disso, a construção da história continua mantendo o equilíbrio como as anteriores, ação/emoção e também se foca bem não só no triângulo como em outros personagens.
Gabriel, Cecily, Gideon, Sophie, Charllote, Henry e Magnus são mais trabalhos e me vi surtando e shippando diversas vezes alguns couples adoráveis pelos quais me vi apaixonada no decorrer da saga. O Alto Feiticeiro, aka arroz de festa (como diz Tânya), está sempre em todas e por vezes surge com falaz afiadas e muito bem colocadas para por um pouco de razão na mente da galera.
Outra coisa interessante de CP2 é a sub trama que vai rolando através de cartas da Clave X Cônsul no final dos capítulos; E vocês vão odiar o Cônsul Wayland como nunca. Se há um segundo grande “vilão” nessa história toda, além do Mortmain, é esse vira casaca insuportável. E claro com isso Cassandra pode trabalhar um pouco mais a sociedade de patriarcado ainda rígida da época de Charllote. E como sempre acabei toda orgulhosa das atitudes que ela vai tomando no decorrer da trama e mostrando quanta força e girlspower ela tem. Outra que foi mais ou menos nessa mesma vibe é a Sophie
A trama geral finalmente ganha um desfecho, vemos Mortmain chegar a seu ápice com os autônomos, e a destruição iminente dos caçadores das sobras. Enquanto isso os caçadores do instituto se veem numa luta para salvar a vida de Jem que fica cada vez mais dependente da droga demoníaca. Deixando o leitor com o coração apertado. O triângulo, nunca teve tantos altos e baixos, Will-Tessa-Jem nem de longe tiveram momentos tão conturbados quanto o que rolou nesse livro, nem tão cheio de sentimentos antagônicos. Cassandra torna praticamente impossível se ver totalmente a favor de um só “team”, ou não se importar com o que “sobra”. O passar dos capítulos faz com que não seja apenas Tessa a ter o coração dividido com o destino de Will e Jem. E sim, mesmo que eu tenha dito anteriormente da minha vontade de a matar a Tessa, esse livro me fez entender o ponto de vista da criatura.
Os dois potenciais candidatos não são só unidos por um laço de parabatai, mas também por um amor e uma amizade incomparável, e talvez esse tenha sido o maior acerto dela no triangulo de TDI.  A forma com que a amizade deles é moldada chega a seu ápice e o leitor sofre junto o medo da perda de Jem, ou com a dualidade de sentimentos em relação a vontade de ter a amada X amizade de anos. Will e Jem são tão parte um do outro, ou mais, quanto Tessa se mostrou importante pedaço da vida deles.
O final... calma eu não vou contar! Posso apenas dizer que Cassandra Clare se mostra genial e quando você pensa que não surpreenderá com mais nada, o enredo dá uma guinada e prova que estamos errados, e mais de uma vez.  E ainda, quando achamos que não pode acontecer mais nada ela me vem com o Epilogo mais emocionante em eras!
E se você, assim como essa pessoa que vos escreve, for uma manteiga-derretida prepare a caixa de lenço, pois as lágrimas jorrarão livremente! E, é nesse momento que o livro entrou de vez para minha lista de favoritos, a forma com que o final foi trabalhando é perfeita. E, de todas as teorias que pensei no decorrer do livro nenhuma tinha algo tão lindo (e triste porque se for pensar também é triste) como a daquele epilogo.
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"Ave atque vale, pensou Will. Saudações e adeus. Nunca tinha pensando muito nas palavras antes, nunca pensou em por que não eram apenas uma despedidas, mas também uma saudação. Todo encontro levava a uma partida, e assim seria, enquanto a vida fosse mortal. Em todo encontro, havia um pouco da tristeza da separação, mas, em toda separação, havia um pouco da alegria do encontro.

Ele não esqueceria a tristeza." — Capítulo 23 “Do Que Qualquer Mal”; Pg. 387.

CP2 é um livro que deixa esse sentimento, vide post no twitter, depois que o livro acaba há grandes chances de você se pegar com saudade de algum personagem... Ao menos há sempre a possiblidade de voltar a lê-los.
Resenha escrita em: 22/01/14

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