Dicas
Estilo de aprendizagem, você conhece o(s) seu(s)?
abril 25, 2012Já aproveitando a vibe de animo que eu estou vamos começar com um post útil pra galera que quer estudar e aprender sem ficar quebrando a cabeça atoa.
Hoje
enquanto tentava ajudar meu irmão com a prova de português me lembre de uma
aula que tive ano passado com o Roberto Sabino, meu professor de redação na
época. Nessa aula podemos conhecer um pouco dos estilos de aprendizagem que
temos (visual, auditivo e cenestésico).
Pois,
bem, trazendo isso para o caso do meu irmão, eu havia começado do modo meio que
“clássico”, pedi pra ele ler a matéria que iria cair na prova por algum tempo,
e preparei uma folha de exercícios com a matéria. Fiz isso com duas folhas cheias,
por duas vezes. Alternando entre o exercício e a leitura. Contudo percebi que
ele não havia pegado a matéria, sentei-me perto dele e expliquei a matéria
outra vez, e dei a ultima folha para ele refazer, porém, ele continuava a
cometer os mesmos erros. Depois de dar um tempo para o almoço voltamos à
matéria, mas dessa vez resolvi fazer uma abordagem um pouco diferente, montei
outra leva de exercícios, e ao invés de deixa-lo fazer sozinho fiz com que ele
lesse em voz alta cada frase que deveria completar (matéria é a diferença do:
mas, mais, más, mau e mal). Com isso ele mesmo ia dizendo em voz alta enquanto
eu explicava cada um dos tipos. Dessa maneira consegui que ele prestasse
atenção ao raciocínio e também, ao dizer em voz alta, ele conseguisse pegar a
matéria. E no fim das contas deu certo.
Bem,
e o que isso tudo tem haver com a aula do professor Roberto? TUDO.
Se não fiz uma percepção errada, no caso do Douglas, ele se da melhor com métodos
auditivos. Pois, pelo que percebi só conseguiu aprender quando estamos falando
sobre a matéria e ele prestando atenção na linha de raciocínio. E, como o próprio Roberto disse na aula, só
aprendemos algo direito se usamos o método correto.
Agora
se você me perguntar o motivo do titulo tem os “(s)” é que, muitas pessoas, e
eu sou uma delas, não tem apenas um método. No meu caso sou muito cinética para
álgebra e física, tenho que fazer o exercício, perceber o porquê de cada parte
para conseguir pegar a matéria, já para geometria, sou muito visual, e com
literatura, sou mais auditiva. Ou seja, dependendo da matéria, o indivíduo pode
variar seu método. E geralmente foi descoberto por tentativa e erro, prestando
atenção no modo como você absorve a matéria, você consegue estipular qual é o
seu.
Numa
visão geral tenho aqui uma tabela que mostra isso, e abaixo dela uma explicação sobre os tipos de aprendizagem.
Visual e auditivo
Utilizamos o
sistema de representação visual quando recordamos imagens abstratas e
concretas. Por exemplo, quando nos recordamos do último Seminário Integrador, nos
lembramos das pessoas que estavam e lembramos também de como percebemos o
estado de espírito delas. Já o sistema auditivo nos possibilita trazer à nossa
memória sons, músicas, vozes.
O sistema de
representação visual nos possibilita apreender a mensagem através de imagens, o
que facilita a absorção de um grande volume de informação com rapidez.
Visualizar ajuda a estabelecer relações mais facilmente entre diferentes idéias
e conceitos. Este sistema é acionado quando, por exemplo, assistimos a uma aula
na qual o professor faz apresentação de mapas, figuras, esquemas. Quando
perguntamos a alguém: entendeu, ou quer que eu desenhe? Estamos fazendo
uma brincadeira, mas ela se encaixa perfeitamente neste sistema de representação,
não é mesmo?
Já o sistema de
representação auditivo permite a apreensão de informações através de sons, como
quando ouvimos explicações ou mesmo quando fornecemos informações a outras
pessoas. Ouvir o som da própria voz pode ser um mecanismo eficaz para
internalizar a informação. Este sistema não é muito eficaz para lidar com
conceitos, mas é fundamental na aprendizagem de idiomas e de músicas, por
exemplo.
Cinético ou cenestésico
Quando nos lembramos
de informações associadas a nossas sensações e movimentos relacionados a nosso
corpo, estamos utilizando nosso sistema cinético, como, por exemplo, quando
lembramos do nosso sentimento ao ouvirmos determinada canção. Recorremos a este
sistema quando necessitamos nos lembrar da grafia correta de uma palavra e a
escrevemos em um pedaço de papel, ou quando só nos lembramos de um número de
telefone quando estamos em frente a um teclado numérico.
Este sistema atua
quando associamos a informação a movimentos do nosso corpo ou à percepção do
que nos ocorre internamente. É o mecanismo que atua naturalmente quando aprendemos
um esporte, por exemplo, ou quando automatizamos um comportamento de modo a poder
executá-lo sem que pensemos como o estamos fazendo. Mesmo sendo um sistema de aprendizagem
mais lenta, esta é muito mais duradoura e profunda do que a proveniente dos demais
sistemas.
Podemos esquecer
facilmente uma lista de palavras que visualizamos ou ouvimos, mas nunca esquecemos,
por exemplo, como andar de bicicleta. Você sabe andar de bicicleta? Lembra como
aprendeu? Não adiantou observar seus irmãos e amigos que já sabiam andar, adiantou?
Funcionou quando alguém lhe explicou o processo? Será que teria adiantado
alguém ter feito um esquema para você? Não, porque só aprendemos a andar de
bicicleta engajando o nosso corpo nessa experiência. Aprendemos a andar de
bicicleta andando de bicicleta. Assim como se aprende uma matéria fazendo os exercícios,
realmente pondo a mão na massa.
E então gostaram das dicas? Comentem, e compartilhem suas experiências. ^.~
Por: Lee Pryh
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