Pessoal
Crise vocacional
setembro 24, 2010Às vezes a vida nos prega cada peça. Essa é uma frase bem clichê, mas nem por isso deixa de ser verdade. No caso, hoje estou me referindo sobre alguns acontecimentos meio malucos, resumindo em uma palavra: Indecisão. Sabe quando nós pensamos no que queremos pelo resto da vida? Bem é ai que elas surgem, junto com mais e mais perguntas que acabam nos deixando ainda mais confusos, mas que no final tem um bom resultado.
Pra quem pensa
que uma pessoa que está na faculdade, digamos no segundo ano do curso que
escolheu, não passa por tais situações está enganado. Uma semana bastante
complicada, talvez uma crise de estresse das grandes, foi o suficiente pra eu
quase mudar tudo. Epa, mas espera aí, não fui eu mesma quem escolheu o curso?
Por que mudar agora? Aí seguem aquelas perguntas do tipo “me vejo fazendo isso pelo resto da vida?”. Bem, depois de refletir
um pouco agente descobre que qualquer profissão tem os seus “espinhos”, e é
exatamente por pensar em como superá-los que acabamos nos encontrando
novamente, percebemos onde nosso coração e vocação realmente estão.
Essas dúvidas
sobre a escolha dos cursos que definiram nossas profissões é bem mais comum do
todos pensamos. Depois da minha pequena crise eu acabei descobrindo que cerca
de 30% dos universitários desistem de seus cursos nos dois primeiros anos. Ou
seja, não se desespere se você descobriu que não estava fazendo o “curso
certo”, você não está sozinho nessa.
A segunda parte
que se segue depois dessa descoberta geralmente vem acompanhada da frase: “Como vou contar para meus pais?”.
Existe uma resposta bem simples pra isso: apenas seja sincero. Quando cheguei a
cogitar a possibilidade de mudança de curso também tive esse pensamento, mas
uma grande amiga me disse “O orgulho é
dele (se referindo ao meu pai, por eu estar fazendo Direito), mas a vida é sua”. E sinceramente
é a mais pura verdade, você seguir com um curso que não gosta apenas para
agradar algum familiar, ou por medo de desapontá-los é um grande erro, pois se
você já não está gostando do curso, imagine trabalhar com isso pelo resto da
sua vida? Isto é, se isso acontecer,
pois na maioria das vezes quando se cursa algo obrigado a pessoa tende a não
exercer a profissão. Além disso, temos que levar algo em consideração, as
pessoas que realmente nos amam só querem nosso bem, e vão entender se queremos fazer
algo que seja realmente o que queremos para o futuro. Eles vão rejeitar a idéia
em um primeiro momento? Sim, pode apostar, afinal, a pessoa que descobre que
não esta no curso certo leva um choque ao descobrir isso, os familiares não
passariam batido no requisito “levar um choque pela noticia”. Isso é normal,
mas depois de conversarem e esclarecerem o motivo da decisão eles vão entender,
caso contrário F*da-se a vida é sua!
O outro lado da
moeda é quando você descobre que não esta gostando de algumas matérias, mas que
pode sim trabalhar com isso, no meu caso, estava preocupada em ficar o tempo
todo trancado numa sala atrás de uma pilha de processos, mas foi ai que me
lembrei de que a vida de um advogado não se resume a isso. Também tem as partes
interessantes, e além de tudo tem um leque de opções para um bacharel em
direito, posso muito bem encontrar varias coisas divertidas. E, além disso, foi
ai que me lembrei de um dos motivos pelo qual acho a profissão tão
interessante, o poder de ajudar as pessoas, e isso, não tem preço!
Bom fica a dica, antes de resolverem jogar
tudo para o alto, pense no motivo de você ter escolhido tal curso, você pode
descobrir que sua crise, é só uma duvida normal
como também poderá encontrar o que você realmente irá fazer. E como diz
o filósofo... “Quem faz o que gosta não
precisa trabalhar”.
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