Crise vocacional

Às vezes a vida nos prega cada peça. Essa é uma frase bem clichê, mas nem por isso deixa de ser verdade. No caso, hoje estou me referin...


Às vezes a vida nos prega cada peça. Essa é uma frase bem clichê, mas nem por isso deixa de ser verdade. No caso, hoje estou me referindo sobre alguns acontecimentos meio malucos, resumindo em uma palavra: Indecisão. Sabe quando nós pensamos no que queremos pelo resto da vida? Bem é ai que elas surgem, junto com mais e mais perguntas que acabam nos deixando ainda mais confusos, mas que no final tem um bom resultado.
Pra quem pensa que uma pessoa que está na faculdade, digamos no segundo ano do curso que escolheu, não passa por tais situações está enganado. Uma semana bastante complicada, talvez uma crise de estresse das grandes, foi o suficiente pra eu quase mudar tudo. Epa, mas espera aí, não fui eu mesma quem escolheu o curso? Por que mudar agora? Aí seguem aquelas perguntas do tipo “me vejo fazendo isso pelo resto da vida?”. Bem, depois de refletir um pouco agente descobre que qualquer profissão tem os seus “espinhos”, e é exatamente por pensar em como superá-los que acabamos nos encontrando novamente, percebemos onde nosso coração e vocação realmente estão.
Essas dúvidas sobre a escolha dos cursos que definiram nossas profissões é bem mais comum do todos pensamos. Depois da minha pequena crise eu acabei descobrindo que cerca de 30% dos universitários desistem de seus cursos nos dois primeiros anos. Ou seja, não se desespere se você descobriu que não estava fazendo o “curso certo”, você não está sozinho nessa.
A segunda parte que se segue depois dessa descoberta geralmente vem acompanhada da frase: “Como vou contar para meus pais?”. Existe uma resposta bem simples pra isso: apenas seja sincero. Quando cheguei a cogitar a possibilidade de mudança de curso também tive esse pensamento, mas uma grande amiga me disse “O orgulho é dele (se referindo ao meu pai, por eu estar fazendo Direito), mas a vida é sua”. E sinceramente é a mais pura verdade, você seguir com um curso que não gosta apenas para agradar algum familiar, ou por medo de desapontá-los é um grande erro, pois se você já não está gostando do curso, imagine trabalhar com isso pelo resto da sua vida?  Isto é, se isso acontecer, pois na maioria das vezes quando se cursa algo obrigado a pessoa tende a não exercer a profissão. Além disso, temos que levar algo em consideração, as pessoas que realmente nos amam só querem nosso bem, e vão entender se queremos fazer algo que seja realmente o que queremos para o futuro. Eles vão rejeitar a idéia em um primeiro momento? Sim, pode apostar, afinal, a pessoa que descobre que não esta no curso certo leva um choque ao descobrir isso, os familiares não passariam batido no requisito “levar um choque pela noticia”. Isso é normal, mas depois de conversarem e esclarecerem o motivo da decisão eles vão entender, caso contrário F*da-se a vida é sua!
O outro lado da moeda é quando você descobre que não esta gostando de algumas matérias, mas que pode sim trabalhar com isso, no meu caso, estava preocupada em ficar o tempo todo trancado numa sala atrás de uma pilha de processos, mas foi ai que me lembrei de que a vida de um advogado não se resume a isso. Também tem as partes interessantes, e além de tudo tem um leque de opções para um bacharel em direito, posso muito bem encontrar varias coisas divertidas. E, além disso, foi ai que me lembrei de um dos motivos pelo qual acho a profissão tão interessante, o poder de ajudar as pessoas, e isso, não tem preço!

 Bom fica a dica, antes de resolverem jogar tudo para o alto, pense no motivo de você ter escolhido tal curso, você pode descobrir que sua crise, é só uma duvida normal  como também poderá encontrar o que você realmente irá fazer. E como diz o filósofo... “Quem faz o que gosta não precisa trabalhar”.

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